Pouco antes de fechar com a Complexity Gaming como stand-in até o PGL Major de Estocolmo, mundial de Counter-Srike: Global Offensive que será disputado na capital sueca de 23 de outubro a 7 de novembro, o brasileiro Marcelo "Coldzera" David chegou a ter seu nome ventilado na Team Liquid, equipe na qual reeditaria parceria com o compatriota Gabriel "Fallen" Toledo.
O capitão da Liquid, porém, afirma que nunca houve uma proposta ou mesmo sondagem da organização por Cold. Em entrevista ao jornalista Roque Marques, do GE Esports, Fallen ressaltou que o nome do duas vezes melhor do mundo só poderia ser cogitado na Liquid caso a equipe estivesse pensando em mudanças na lineup, algo que não ocorreu. Recentemente, Coldzera foi contratado pela Complexity Gaming como stand-in até o término do ciclo do Major.
"Não existiu um interesse formal pelo Cold. É óbvio que, depois que ele saiu do time (Faze Clan), se fosse existir uma troca aqui, ele poderia ser um dos nomes, mas a gente realmente não (considerou). Isso foi irreal, a galera realmente lançou no ar e tentou "baitar". Muitas vezes os sites acertam, mas dessa vez eles chutaram para ver se acertavam alguma coisa. Não tinha nada a ver", resumiu o bicampeão de Major.
Ainda na entrevista, Fallen admitiu que vive um momento de altos e baixos na carreira, e que a adaptação à Liquid e a comunicação 100% em inglês ainda são pontos que afetam em alguns momentos seu desempenho.
" Individualmente falando, estou tendo muitos altos e baixos. É mais difícil se comunicar em inglês do que em português dentro do jogo, obviamente exige um tempo de adaptação e são só nove meses no time", afirmou.
Fallen também falou sobre a rotina competitiva em tempos de pandemia de Covid-19 e lamentou o enfraquecimento do cenário da América do Norte nesse período, uma vez que todas as principais competições do mundo vêm sendo disputadas na Europa, o que fez os principais times da região migrarem para o Velho Continente e disputarem somente os eventos RMR no "NA".
"A coisa não está muito bacana agora e tem motivos para isso. Primeiro que os organizadores de torneios resolveram, ou tentaram resolver, o problema dos eventos de CS durante a pandemia, colocando todo mundo na Europa, e isso esvaziou o cenário norte-americano. Até mesmo os times que estão lá tentando se desenvolver não conseguem treinar com nós, com os melhores times norte-americanos, porque eles vieram para a Europa, então fica aquele negócio, perde a conexão entre os melhores e os times que estão evoluindo, e já atrapalha o cenário", frisou o brasileiro.