Em entrevista ao Combo Podcast, Bruno "Goku" Miyaguchi, atual suporte do Flamengo Academy de League of Legends e campeão do segundo split do CBLOL 2019 pelo Rubro-Negro, deixou claro que seu futuro como pro player não está na liga de revelação e desenvolvimento de talentos do LoL brasileiro. O jogador, que chegou a ser eleito o melhor mid laner do país em 2019 e no fim de 2020, deixou claro que pretende voltar o quanto antes a competir no CBLOL ou, caso não retorne ao time principal do Flamengo ou receba uma proposta interessante de outra organização, jogar em alguma liga fora do Brasil. A prioridade do jogador, no entanto, é seguir como atleta do Fla.
"Eu não sou jogador de Academy e deixo isso bem claro para todo mundo, não faz sentido eu jogar lá, então é CBLOL ou outra região, não tem outra opção. Mas eu acredito que consigo dar outro título para o Flamengo, mas depende total das circunstâncias, se eu vou ter a oportunidade. Se eu não tiver, vou olhar outros times no Brasil, e caso eu não goste (das propostas) eu vou olhar para fora, não tem outra opção. O meu desejo é jogar o CBLOL pelo Flamengo", frisou.
Em outubro de 2019, pouco disputar do Worlds 2019 pelo Flamengo, Goku perdeu o pai em um acidente de carro no município de Água Clara, no Mato Grosso do Sul. O pro player de LoL conduzia o veículo em que estava com o pai quando foi surpreendido por caminhão trator, que vinha na mesma pista em sentido contrário na BR 262. O pai de Goku morreu no local do acidente, e na temporada de 2020 o jogador teve uma queda acentuada de rendimento, até que no fim daquele ano o jogador foi movido para o time Academy.
Segundo o próprio Goku, sua ideia era dar uma pausa na carreira, mas como ainda tinha contrato com o Flamengo, disse que não teve escolha a não ser jogar pela equipe Academy do Flamengo, que foi campeã no primeiro split deste ano e está na briga pelo bicampeonato da liga de desenvolvimento como uma das principais candidatas ao título.
"Na verdade, a escolha não foi minha, eu não pedi para jogar o Academy. Claro, o jogador pode chegar e pedir para jogar lá, mas a notícia veio para mim de última hora e eu não tenho o que fazer, pois tenho contrato, mas não foi escolha minha. Eu estava totalmente fora do que ia acontecer no time, e poucos dias antes de contratarem ou anunciarem o Tutsz, eles me avisaram que eu ia para a Academy, e foi nessa hora que eu pensei ‘pô, não sei se quero jogar no Academy’, tipo, a Academy não é para mim e todo mundo sabe, tanto é que eu joguei agora e ganhamos, não é que era óbvio, mas era a obrigação", ressaltou.
Recentemente, Goku foi movido da rota do meio para atuar na posição de suporte, enquanto Jean Mago se tornou o mid laner do Flamengo Academy. A mudança de posição, entanto, não incomodou Goku, que diz estar se divertindo na nova função.
"Primeiro, suporte é uma posição muito carente no Brasil. Segundo, a maioria dos suportes não são decisivos, às vezes o campeão é playmaker, mas a maioria dos jogadores são muito passivos. Terceiro, eu posso olhar mais o mapa jogando de suporte, posso fazer o que eu quiser no mapa sem me preocupar com farmar, por exemplo. Quarto, eu gosto muito de jogar de suporte, me divirto muito jogando na posição", disse o pro player.