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CS:GO: Fãs criticam Astralis por não pagar por trabalho de "voluntários"

CS:GO: Fãs criticam Astralis por não pagar por trabalho de "voluntários"
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A organização conta com pessoas que fazem trabalhos nas redes sociais e escrevem artigos sem receber por isso

CS:GO: Fãs criticam Astralis por não pagar por trabalho de 'voluntários'

Parte da comunidade internacional de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) tem criticado a Astralis recentemente. O descontentamento no entanto passa longe dos servidores, já que o elenco original do time está de volta e recentemente eles foram campeões da ESL Pro League Season 12 europeia. A reprovação está no fato da organização ser uma das maiores do mundo e ainda assim contar com "voluntários" que fazem alguns serviços para o clube sem remuneração.

Um dos estopins que levantou a discussão no cenário foi o post de "Temporal_Bellusaurus" no Reddit. No fórum ele falou sobre o assunto e opinou, se mostrando completamente contrário a prática. Ele ainda argumentou que não se trata de um clube crescendo aos poucos e sim de um dos maiores do mundo.

Veja na íntegra o que foi dito por ele:

"A Astralis está contratando voluntários não remunerados para dois cargos, um para produzir conteúdo de mídia social antes, durante e depois das partidas além de interagir com fãs e outro para produzir conteúdo editorial em seu site, incluindo escrever e pesquisar artigos. Link para o anúncio de emprego dinamarquês.

Eu poderia entender se esta fosse uma pequena equipe local falida procurando por voluntários, mas ela é literalmente uma organização avaliada em $ 40.000.000 na NASDAQ. Como pode uma empresa desse porte estar em busca de voluntários para cargos que normalmente são remunerados, oferecendo em troca exposição, prática, participação nos dias de conteúdo e produtos da Astralis. A Copenhagen Flames também está contratando para uma posição semelhante - assistente de mídia social em meio período, com foco na cobertura de jogos nas redes sociais e produção de meme (anúncio de emprego novamente em dinamarquês) - pelo qual estão pagando as pessoas.

Eu amo a equipe Astralis, mas isso é absolutamente vergonhoso. Tentar fazer as pessoas realizarem trabalhos pelos quais deveriam ser pagos. Poderia muito bem ser o McDonalds tentando fazer com que as pessoas administrassem a página do restaurante no Facebook porque gostam de hambúrgueres. Fazer as pessoas dedicarem horas de trabalho de graça porque são fãs e deveriam 'apoiar a organização' não é nada legal."

O post mencionado ficou em alta no site e rendeu mais de 340 comentários. A discussão foi longe por lá e é possível ver diversas outras pessoas relatando o quanto infelizmente isso é comum no mercado de esportes eletrônicos. Ainda assim, apesar de comum, não deveria ser aceito.

Pelo Facebook a Astralis respondeu as críticas e explicou:

"Ontem, solicitamos a voluntários para nos ajudar com a cobertura ao vivo de partidas. Desde o início da Astralis, trabalhamos com voluntários para tarefas menores de cobertura de jogos em mídias sociais. Isso se tornou muito popular e formamos nossa grande armada de jovens para nos ajudar e se tornarem parte da equipe e da família.

O trabalho voluntário é bastante normal e realmente uma parte essencial da cultura de basicamente todos os clubes esportivos neste país, mas reconhecemos que a Astralis trabalha em um ecossistema diferente até mesmo das maiores empresas de esportes daqui. Por isso, vamos reavaliar a maneira como trabalhamos com a cobertura de partidas, incluindo a atual equipe de voluntários.

Obrigado pela contribuição e pela crítica. Desde que tudo seja na base do respeito, estaremos sempre prontos para o diálogo. Ainda estamos crescendo, mas nunca seremos grandes o bastante para não ter nada a aprender."

No momento é impossível afirmar até onde a Astralis absorveu as críticas e se de fato pretende mudar a forma de trabalhar ou não. Porém, fato é que a comunidade mais uma vez conseguiu "fazer barulho" e chamar atenção de um clube gigante para algo que não concordavam.

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Jairo Junior
Jairo Junior

Publicitário por formação, jornalista por vocação e vidrado nos esportes eletrônicos por paixão. Também conhecido como Foxer nos joguinhos online.

Fernanda Camilla há 4 anos

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