É comum ver alguns bugs em games ficarem famosos seja por fatores cômicos, úteis em uma partida ou até por promover vantagens desonestas. Seja como for, certos erros ficam gravados na memória e na história dos esports. Relembre aqui - ou descubra - alguns dos casos mais infames das falhas que já acometeram e impactaram os jogos ao longo de décadas.
Bunny Hopping
O Bunny Hopping é o termo que denomina o ato de dar pulos contínuos que permitem o jogador manter aceleração enquanto está no ar. Dependendo do game em que é possível reproduzir tal prática, se mover pulando pode ser mais rápido do que fazer o mesmo apenas andando ou correndo.
O primeiro hopping foi descoberto entre 1997 e 1998 em Quake, quando jogadores perceberam que se manter no ar e pular na hora certa após cair fazia o personagem manter a aceleração e até ficar mais rápido até o limite do motor gráfico.
Com tal velocidade, era fácil os jogadores se moverem rápido a ponto de ter vantagem em games como Counter-Strike, no qual players alcançavam o time inimigo antes mesmo deste sair da base.
A mecânica se faz presente até hoje em diversos outros games, como Counter-Strike: Global Offensive e Valorant, porém muito mais modesta e menos impactante do que antigamente.
Wobble (Super Smash Bros.)
O Wobble é uma das técnicas mais controversas da história de Super Smash Bros. e não pelo impacto que causava em partidas, mas pela facilidade com a qual o bug era explorado.
Sem dificuldades, o jogador que escolhesse os Ice Climbers como personagens precisava apenas agarrar o oponente e vê-lo sofrer enquanto o dano se acumulava a cada golpe sem qualquer possibilidade de reação:
Por mais que fosse considerada uma técnica injusta por muitos membros da comunidade, o wobble nunca foi proibido em nenhuma competição e segue podendo ser explorado até hoje, mas foi retirado nas adições mais recentes da franquia.
Azir com torres infinitas (League of Legends)
Não foram muitas as pessoas que se depararam com este bug em League of Legends, mas quem testemunhou Azir comandando um exército de torres com certeza tem o terror fresco na memória.
Basicamente um exploit fez com que a habilidade passiva de Azir, Legado de Shurima, virasse uma habilidade ativa que não possuía nenhum requerimento, ou seja, as torres que antes só poderiam ser invocadas nos escombros de torres inimigas caídas agora podiam ser erguidas em qualquer lugar do mapa.
Como se isso não bastasse, o número de torres não parecia ter limite, fazendo o time inimigo lutar não apenas contra cinco campeões adversários, mas também um exército de Discos Solares, possibilitando cenas como essa:
Shield glitch (Rainbow Six: Siege)
Rainbow Six: Siege não foge da lista por ter em sua história um famoso bug que dá as caras novamente de tempos em tempos: o shield glitch, que fazia qualquer operador com a habilidade de colocar escudos nos mapa poder tirá-lo do lugar e usá-lo para se proteger.
Como se isso não bastasse, além do jogador conseguir proteger a parte de cima do corpo, também é possível ver através do escudo, fazendo o recurso ser considerado injusto e passível de banimento em Rainbow Six:
Outras versões derivadas do glitch foram exploradas com o decorrer das atualizações de R6 e novos problemas foram descobertos, como escudos infinitos e sobreposição de escudos no mapa, mas todos já foram retirados do FPS da Ubisoft.
Wavedash/Korean Back Dash (Super Smash Bros. e Tekken)
No mundo dos jogos de luta, descobrir novas mecânicas explorando sistemas do jogo nem sempre é visto como injusto. Muitas vezes metagames são criados em volta desses achados e o Wavedash é um exemplo disso.
Mais conhecido em games como Smash Bros. e Tekken, a técnica leva a movimentação dos personagens na tela do jogo a outros patamares e aumenta as exigências para quem deseja jogar estes games em alto nível. Ambas as mecânicas envolvem cancelamento de animações para fazer os lutadores se moverem mais rápido:
Em Tekken a proposta é parecida, porém é mais usada para se afastar e criar espaço, também cancelando animações, mas se aproveitando de um bug nas direções, que faz o comando diagonal ser reconhecido tanto como baixo quanto para trás, técnica que foi descoberta por players coreanos o que rendeu o apelido Korean Back Dash:
Ambas as técnicas foram abraçadas pelas comunidades competitivas de seus respectivos jogos e hoje se tornaram no básico para quem quer jogar em níveis mais altos.