Caio "Loop" Almeida, 25, coleciona títulos, histórias e uma reputação que poucos pro players de League of Legends (LoL) conseguem manter.
Sua trajetória começou em 2012, e hoje ele é considerado um dos melhores jogadores do Brasil. Por trás de muito talento e perseverança de seguir o seu sonho, Loop teve muita inspiração e apoio de sua família.
Mais do que isso, o pro player tem também outro profissional na família: Lucas, seu irmão mais velho, foi morar nos Estados Unidos para ser jogador de futebol - e a paixão e a vontade de vencer foi, de acordo com o pro player, uma característica em comum dos irmãos.
"Eu sempre fui muito próximo do meu irmão, porque ele é só três anos mais velho do que eu, então a gente cresceu junto”, declarou Loop com exclusividade ao Millenium.
“Todo final de semana meu irmão jogava no clube, e eu sempre ia. Eu olhava e me inspirava muito nele por causa disso. Praticamente a minha infância foi acompanhando ele nos jogos de futebol, e hoje em dia ele fala que ele é o meu fã número 1. Então é engraçada essa relação, porque eu torci por ele minha infância inteira, e hoje ele torce por mim."
Caio também lembra que, desde o começo, ao contrário de outros pro players, ele “foi muito sortudo” e teve o apoio dos pais ao decidir seguir carreira como pro player de LoL. De acordo com o atual analista e streamer, “O jeito deles sempre foi: 'faz o que você gosta, o que você ama, só não faz besteira'.”
"É uma vida de muita competição, então meus pais vivem os nossos altos e baixos com a gente”, afirmou o pro player sobre a semelhança entre a sua carreira e de seu irmão aos olhos dos seus pais.
“Eles vivem os altos e baixos de dois moleques que tem que ganhar. Quando eu perco, meus pais ficam tristes, quando meu irmão perde também. Quando a gente ganha, eles obviamente ficam muito felizes."
Ao contrário do que muitos esperariam, Loop deixou claro que os pais nunca incentivaram que os filhos fossem pessoas competitivas. De acordo com o pro player, tanto ele quanto Lucas “são assim por natureza” e que essa competição surgiu “desde quando a gente jogava videogame”.
Tudo começou na época em que os irmãos iam para a casa dos avós durante as férias e ficavam jogando no Super Nintendo. Depois, compraram um PlayStation 2, e então, um computador, “que foi quando começou o vício”, como brincou o streamer.
"Muitas das diferenças [entre as carreiras dele e de Lucas] são por causa da cultura", declarou Loop. "No Brasil, [o cenário de esportes tradicionais] é muito parecido com o que a gente tem no LoL. A gente tem que ser muito talentoso, se não as pessoas caem em cima.”
“No futebol, as pessoas vaiam. No LoL, a gente recebe um xingamento no Twitter. Valorizar talento é algo que os brasileiros fazem melhor em alguns sentidos. A gente não tem tanto recurso quanto nos EUA, mas aqui a gente dá muita atenção para quem cresce rápido e eu gosto desse lado."
Conhecido por já ter participado de algumas das principais organizações de esports de League of Legends, como a Keyd Stars, INTZ e paiN Gaming, Loop deixou a Red Canids em maio de 2019 e permanece longe dos torneios desde então. Atualmente ele se dedica às streams e ocasionalmente atua como analista - como o fez durante a SuperLiga 2019.
Texto escrito por Thais Stagni