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Review: Razer BlackShark V2 Pro tem microfone wireless exemplar, mas falha no isolamento de som prometido

Review: Razer BlackShark V2 Pro tem microfone wireless exemplar, mas falha no isolamento de som prometido
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Próximo headset pro da Razer será lançado a partir de julho

Review: Razer BlackShark V2 Pro tem microfone wireless exemplar, mas falha no isolamento de som prometido

O Razer BlackShark V2 Pro é a nova aposta da Razer, marca de eletrônicos que cresceu focada no mercado gamer, para atletas profissionais de esportes eletrônicos. Programado para ser lançado em julho, o headset estreia o microfone Razer Hyperclear Super Wideband da empresa - o MGG Brasil testou a nova tecnologia e podemos afirmar que é o grande diferencial do novo produto da linha BlackShark, com preço sugerido de R$ 2.299,90.

Disponível nas cores preto e branco, o fone é compatível com PC, PlayStation, Xbox One, dispositivos mobile e Nintendo Switch. A grande atualização deste modelo é o fato de trazer a tecnologia sem fio para os produtos BlackShark, o tornando mais versátil. Podendo ser utilizado com um cabo extensor ou o receptor USB para PC, ele é de fácil conexão e mantém a estabilidade wireless de 2,4 GHz ou Bluetooth prometida pela marca. 

O headset é recarregável com o carregador tipo C, e pode durar até três dias - levando em conta que a maioria dos atletas profissionais realiza sessões diárias de 10 horas de gameplay. Ele também é equipado com drivers TriForce Titanium de 50 mm, que contam com partes separadas para focar individualmente em sons graves, médios e agudos e assegurar uma frequência mais estável.

Aparência

Ao primeiro olhar, o fone chama a atenção por seu visual limpo - o que não é muito a cara da marca, visto que o logo quase desaparece no preto fosco do fone. Em compensação, o grande - e um tanto quanto desnecessário - botão de redução/aumento de volume reaparece no fone esquerdo para "quebrar" um pouco o visual simples. No mais, é um fone grande e um pouco pesado com a confortabilidade necessária para longas horas de gameplay, mas que pode ser um pouco desconfortável para quem não tem o costume por headsets pesados. 

Ele é feito com plástico e revestido com tecido de malha - que já é clássico de produtos como esse - nas conchas do headset e na "faixa" da cabeça, enquanto o microfone é coberto com espuma viscoelástica - material conhecido por conseguir voltar ao seu formato original mesmo após sofrer deformações. E, apesar de não ser a maior fã de microfones com cabos como esse, devo admitir que esse parece ser um pouco mais resistente do que os que experienciei anteriormente. 

Por estar acostumada com headsets com microfone embutido (sim, sei que essa não é a melhor das opções para quem quer um áudio claro), estranhei um pouco também o tamanho da espuma viscoelástica do microfone. O fato de o headset ter um aspecto mais simplista e, ao mesmo tempo, ser composto por itens um pouco maiores do que os convencionais é um pouco confuso para mim, mas nada que um pouco de costume com o aparelho não resolva. 

O material parece ser resistente e não deu sinais de desgaste rápido - a estrutura feita com aço realmente transmite uma sensação de duração maior. 

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Áudio e microfone

Falando sobre o que mais interessa nesse produto, a Razer realmente acertou em focar a divulgação do headset na atualização do microfone. O tamanho da espuma é perdoável visto a qualidade do áudio que é transmitido. Testei o aparelho no meu PC, e minha voz ficou mais limpa tanto no game que estava jogando como no Discord que, apesar de ter sua própria configuração de áudio, definitivamente foi impactado pelo headset.

Ele pode ser usado tanto como estéreo como com a tecnologia THX Spatial Audio, que é indicada para sons mais claros e detalhados em games competitivos, possibilitando escutar sons in-game de forma melhor. Aliás, o software Razer Synapse - que aparece como pop-up assim que você conecta o headset no PC - é super intuitivo para quem não tem muita noção das melhores configurações de áudio. Lá, basta selecionar o headset e escolher a melhor configuração para diferentes games; o software já indica as melhores características estéreo para CS:GO, VALORANT, Fortnite e outros.

No entanto, a opção THX Spatial Audio contém apenas a configuração geral para games, enquanto o som estéreo tem opções pré-definidas para diversos jogos. A frequência de resposta do headset varia de 12 Hz a 28 kHz, o que é uma média boa para headsets com esse propósito. Testei a configuração para música do headset com o aplicativo do Spotify e, funciona tão bem quanto o divulgado. O áudio é mais intenso do que o comum - e talvez seja isso o que as pessoas querem dizer quando falam sobre a frequência certa para escutar músicas.

Um fator que me decepcionou um pouco foi o isolamento de som - o marketing focado em esports somado com a aparência do headset atrai a ideia de que o isolamento acústico seria intenso, mas não é o que acontece. Embora não seja o pior dos isolamentos, as barreiras das almofadas parecem ser mais finas do que o esperado e, por isso, não tive dificuldade em escutar sons exteriores enquanto o utilizava.

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O microfone, porém, é realmente a estrela do show. Ele tem uma frequência de resposta que varia de 100 Hz a 10 kHz e as diversas opções de equalizador de áudio do HyperClear Super Wideband o tornam perfeito para diversas ocasiões. O áudio, como dito acima, é extremamente claro devido ao grande alcance do microfone. O headset tem uma configuração de redução de ruído externo que funciona bem por si só, sendo uma das melhores opções sem fio do mercado atualmente.

É claro que é uma das melhores configurações para pro players, mas talvez usuários comuns que preferem um isolamento melhor não possam se beneficiar somente da boa qualidade do microfone do produto.

Opinião geral

O novo produto focado em esports da Razer é uma boa opção - talvez a melhor - wireless do mercado em, questões de áudio, mas ainda falha no isolamento prometido. As diferentes variações de seu uso são realmente atrativas para pro players ou usuários comuns, mas ele também é mais espaçoso do que o necessário e entrega uma qualidade melhor para quem joga/trabalha em PC, visto a grande variação de configurações disponíveis para jogos e aplicativos mais utilizados em computadores.

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Maria Eduarda Cury
Maria Eduarda Cury  - Redatora

Jornalista, apaixonada pelo estudo da cultura digital, jogos competitivos e filmes de terror. 

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