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VCT Game Changers: Lissa, da LOUD, diz que virar pro player "foi um choque"; atleta elogia liga inclusiva

VCT Game Changers: Lissa, da LOUD, diz que virar pro player "foi um choque"; atleta elogia liga inclusiva
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Em entrevista para o MGG Brasil, Lissa comentou sobre entrar para o universo competitivo e disse que todas as equipes da liga inclusiva estão tendo "evolução absurda"

VCT Game Changers: Lissa, da LOUD, diz que virar pro player 'foi um choque'; atleta elogia liga inclusiva

Após dois anos do início do cenário inclusivo de VALORANT, FPS da Riot Games, a LOUD entrou no competitivo. A equipe, que já estava jogando as qualificatórias do VCT Game Changers Brazil por meio da tag "jelly e amigas", se classificou para o Main Event da liga inclusiva com 790 pontos, ficando atrás apenas da favorita Team Liquid.

Sendo assim, o time recém-anunciado finalizou a etapa qualificatória com saldo positivo e definitivamente deixou a torcida ansiosa para os jogos presenciais, que começarão na próxima terça-feira (21). Antes mesmo do anúncio, muito se falava sobre a equipe que, ao que tudo indicava, seria formada pelo quarteto ex-B4 - que sempre estava no topo da tabela - e a atleta Giulia "Lissa" Lissa, ex-Gamelanders. 

Em entrevista exclusiva para o MGG Brasil, a jogadora, que ainda está dando seus primeiros passos no universo dos jogos eletrônicos,  comentou que sempre quis trabalhar com games, mas não sabia como - até então. A atleta descreveu sua chegada ao competitivo, a adaptação com as novas colegas de time e falou sobre as expectativas para o primeiro split do VCT Game Changers Brazil. 

Como você se interessou pelo VALORANT?

O interesse veio do casual, e acabou se tornando um sonho que virou realidade. Eu sempre quis muito trabalhar em algo relacionado a jogos porque eu sempre gostei muito de jogar, mas nunca vi um meio para isso. Eu pensava em ser streamer, só que não era muito a minha praia, eu não sabia fazer stream, né, eu tinha 12 anos quando comecei a pensar nisso. E [o competitivo] se tornou mais viável para mim porque eu comecei a tryhardar bastante depois que comecei a jogar VALORANT e aí, bem, os frutos vieram, eu colhi os frutos de todo o esforço e foi assim que aconteceu.

Como foi entrar para o profissional?

Então, foi meio que do dia para a noite para mim. Tudo bem que eu me esforcei por anos até chegar o momento de eu ser contratada, mas chegar aqui, vir para o presencial e me mudar para outro estado, foi do nada. Acho que foi um grande choque, tiveram momentos até difíceis para conciliar tudo o que estava acontecendo. Como eu era - sou - tão nova ainda, foi meio difícil para mim, mas aos poucos você vai se acostumando com a sua nova rotina, seu novo dia a dia. Eu passei a perceber que isso aqui não era para ser uma experiência ruim, era tudo o que eu sempre quis, então eu entendi que estou vivendo o meu sonho e comecei a aproveitar bastante a experiência.

Como é fazer parte de uma line-up com histórico de liderança?

Na verdade, eu tinha uma ideia totalmente diferente do que seria jogar com a antiga line-up da B4. Eu achava que elas já iriam ter muita coisa pronta e não iriam precisar muito de mim para agregar, que eu só iria dar meu máximo no jogo e estaria lá. Mas foi muito diferente do que eu pensava, as meninas me incluíram totalmente. Elas realmente perguntavam coisas para mim e tentavam me incluir nos projetos, nas conversas e em tudo. Elas validavam e absorviam tudo que eu pensava. Então, eu esperava que só ia somar como player, mas acabei sendo muito mais falante do que eu imaginava. Eu consegui ser muito mais eu aqui [na LOUD], então eu estou muito feliz.

O que você espera do primeiro split do VCT Game Changers?

O que eu espero já está acontecendo, né? Que é uma evolução absurda de todos os times. Nosso time veio de um primeiro qualify bem difícil e conseguiu resultados incríveis em pouquíssimo tempo, e isso aconteceu com todas as outras equipes, na verdade. Teve bastante evolução nesse primeiro split, e o cenário começou a ser visto como um cenário profissional que vale a pena ser investido. Isso é muito por conta do esforço das meninas, viram que a gente tinha potencial e todo mundo se esforçava muito. Para mim, isso foi o principal.

Como você enxerga a competição desse split? Qual equipe pode dar mais trabalho?

Eu acho que todas as equipes estão num nível "médio", mas penso que a ODDIK está jogando muito bem. A gente já teve confronto com elas e as jogadoras estão claramente evoluindo, está cada vez mais difícil jogar contra elas. Então, além da Liquid, eu diria que a ODDIK pode dar trabalho.

Primeiro jogo

A LOUD estreará na próxima quarta-feira (22), 17h (horário de Brasília), contra a equipe w7m Fem.

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Maria Eduarda Cury
Maria Eduarda Cury  - Redatora

Jornalista, apaixonada pelo estudo da cultura digital, jogos competitivos e filmes de terror. 

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