Ao longo do ano de 2022, os cenários competitivos inclusivos de jogos como Counter-Strike, VALORANT e mais foram marcados pela ascensão de diversas atletas e personalidades que há muito lutavam por um espaço na cena dos esportes eletrônicos.
A oficialização do cenário inclusivo de League of Legends, que vinha lutando por reconhecimento, foi como o começo de uma virada de chave que estava sendo requisitada por anos.
Em sua primeira edição, o Prêmios MGG Brasil, elegeu, a fim de destacar performances do competitivo, as atletas que representaram seus respectivos campos entre janeiro e dezembro de 2022. Embora enumerada, essa lista não foi feita no formato de ranking.
A redação do MGG Brasil se uniu para indicar os melhores jogos, momentos, competições e etc. do universo de games e esports no ano de 2022. Cada categoria foi elaborada por diferentes redatores, não passaram por votação (interna ou externa) e representam uma "premiação" simbólica.
5. Olga, FURIA
A jogadora Olga "olga" Rodrigues teve, juntamente com as demais players de Counter-Strike da organização FURIA, um ano exemplar. Tendo encerrado 2022 em quarto lugar dentre as melhores jogadoras da ESL Impact League, liga na qual sua equipe terminou com o segundo lugar, olga foi a única representante brasileira dentro do top 10.
Nos seis mapas jogados na competição global da ESL Impact, Olga apresentou um rating de 1.31, empatando com a player russa Ksenia "vilga" Kluenkova, que ficou em terceiro lugar.
Após frequentar seu primeiro mundial e se tornar vice-campeã, Olga encerrou sua temporada de 2022 recebendo um prêmio inédito do Prêmio Esports Brasil: a atleta levou para casa o título de Melhor Atleta Feminina de CS:GO, e foi ovacionada pela plateia presente.
4. Julia Brito, R6
No Rainbow Six Siege, a jogadora Julia "Juu" Brito, da Black Dragons, foi uma das peças que auxiliou o elenco feminino da organização a dominar o segundo semestre do cenário nacional.
Parte da equipe vencedora do Circuito Feminino 2022, Juu está desde o meio de 2021 ocupando os primeiros lugares da competição. Anteriormente, defendia a Red Wolf Esports, organização pela qual foi campeã do torneio em questão - a partida final foi, justamente, contra a BD.
Para a temporada de 2022, Juu assinou com a Black Dragons, organização que superou em 2021, sendo um dos principais destaques do ótimo ano que a equipe feminina teve. Durante a grande final, a atleta teve uma participação de 81% em todas as rodadas e um total de 36 abates, sendo a MVP do campeonato.
3. Daiki, VALORANT
Os cenários inclusivos dos jogos de tiro em primeira pessoa foram, certamente, os mais movimentados do ano. No VALORANT, FPS da Riot Games, a Team Liquid foi ao seu primeiro mundial e chegou até o terceiro lugar.
Mesmo sem terem levado a vitória para casa, a trajetória de uma equipe feminina brasileira após menos de dois anos de cenário competitivo foi um período marcante para os amantes de esportes eletrônicos.
Ainda que toda a equipe tenha tido seus momentos de destaque durante a temporada, a jogadora Natalia "daiki" Vilela se sobressaiu ficando entre as quatro melhores jogadoras do torneio, com um rating de 1.16 e uma porcentagem de participação de 77%.
2. Kyuki, Guilty Gear Strive
A jogadora brasileira de fighting games Kyuki, que em 2021 já havia sido finalista da Liga Latina de Mortal Kombat, participou este ano do torneio do game Guilty Gear Strive: Battle Coliseum 2022, que aconteceu em São Paulo.
Mesmo sem ter finalizado o torneio no pódio, a jogadora foi classificada como uma participante notável pela organização. Além de seu recente desempenho positivo em torneios de jogos de luta, Kyuki também atua como VTuber e se encontra, atualmente, Free Agent.
1. Yatsu, League of Legends
Do recém cenário inclusivo profissional de League of Legends, a jogadora Tainá "Yatsu" Santos foi um dos destaques da equipe da paiN Gaming, que venceu a primeira edição da Ignis Cup.
Ainda que o torneio em si tenha sido responsável pela descoberta de diversos talentos do cenário inclusivo - como Historia, da Triunfo Kai, e Miyahara, da Raizen -, a player Yatsu vem de uma longa caminhada em busca de criar sua própria história como atleta.
Anteriormente, a jogadora defendia a camisa da organização INTZ. Yatsu entrou na equipe, ao lado de Mayumi, como substituta ainda em 2019; foi apenas em 2021, porém, que a jogadora estreou profissionalmente na franquia como parte do elenco Academy.
A atleta disputou 14 jogos durante o ano inteiro pela INTZ, mas se desligou da equipe no fim do mesmo ano. Com a oficialização do cenário inclusivo, porém, Yatsu passou a representar uma das únicas equipes inscritas na franquia de LoL nacional que formaram um time para o torneio Ignis Cup: a paiN Gaming.
Pela paiN, a atleta jogou ao lado das players Luma, cuteness, Luna e Flower e conquistou o primeiro título da competição. Perdendo apenas um game, a atleta se destacou com 642 de dano por minuto, ficando atrás apenas de Stasia, da Raizen. Yatsu também teve a segunda maior porcentagem de participação em abates do torneio, com 65% de KPAR.
A Ignis Cup é, atualmente, considerada uma competição de entrada para jogadoras que desejam ingressar no cenário de franquia da Riot Games. Dessa forma, o torneio foi importante para mostrar que o nível das jogadoras do meio inclusivo pode ser facilmente equiparado ao nível Academy.