5 personagens de Elden Ring que têm um fim trágico

Em Elden Ring nós arruinamos a vida de muitas pessoas nas Terras Intermédias - são tantas que não dá para contar nos dedos de uma mão. Nossa presença é um pouco como uma maldição para todos os que encontramos e muitas vezes a morte prematura é o destino final do nosso relacionamento com esses habitantes.

Aqui, vamos nos concentrar na história de cinco NPCs de Elden Ring que impressionam, particularmente, porque um final feliz parecia estar surgindo à distância. No entanto, a ingenuidade era muito grande em comparação com a dura realidade da narrativa dos personagens do jogo. Confira abaixo cinco mortes trágicas do título.

Querendo brilhar demais, ela queimou as asas — Sellen

Dependendo de como se explora o Submundo, pode-se encontrar Sellen de duas maneiras diferentes: ou primeiro encontra sua projeção astral em uma ruína no Necrolimbo, ou tropeça em sua concha carnal sem vida presa a uma parede com pedras. Se você cair na segunda opção, não poderá ajudá-la até encontrar sua projeção astral no Necrolimbo.

É então que você entrará em uma busca mais ou menos longa com o objetivo de libertar Sellen da Morte das Bruxas. À medida que avançamos em sua busca, aprendemos um pouco mais sobre essa bruxa: ela foi exilada por práticas não convencionais dentro da Academia de Caria. Suas experiências e descobertas, portanto, lhe renderam a vida que é uma punição muito severa.

Sellen não parece malvada, porque ela nos coloca sob suas asas com muita facilidade, mesmo que continuemos sendo seus servos. Além de sua arrogância, aos poucos começamos a entender melhor sua paixão e queremos ajudá-la a restaurar a imagem de seu grupo de magos (Azur, Lusat e companhia). De qualquer forma, Rennala parece uma concha vazia, se desconsiderarmos as manifestações de Ranni, então Sellen parecia uma boa candidata para assumir a administração da Academia de Caria.

Então, se optarmos por ajudá-la até o fim, depois de muitas lutas, podemos vê-la encantada por poder concretizar seu sonho de assumir a Academia de Caria, com muitos projetos em mente. Saímos então felizes por ela e dizemos a nós mesmos que fizemos uma boa ação, porque mesmo que ela seja um pouco arrogante, sua busca parece nobre e seu castigo muito severo.

Mas agora, depois de um descanso em um local de graça, descobrimos que Rennala retomou seu lugar no centro da sala e Sellen se transformou misteriosamente em uma bola de pedra gigante facetada. Encontramo-nos desiludidos com a situação e não sabemos como ajudá-la. É um destino ainda mais doloroso do que a sua crucificação no muro da Morte das Bruxas. Ainda é obra de Ranni? Ou a "reencarnação" dos corpos de seus amigos bruxos teve um fracasso desastroso? Seja qual for a causa de seu estado final, ao querer ajudar Sellen a alcançar seu sonho, nós a levamos a uma punição ainda mais severa enquanto a cobrimos com ainda mais vergonha.

Quando mantemos o vício de uma pessoa — Hyetta

Hyetta é uma serva cega que você pode encontrar logo após o Castelo Tempesvéu após a derrota de Godrick, o Enxertado. Ela pedirá que você a ajude a encontrar um prato estranho, Uva Shabriri, para que ela possa ver a luz e, assim, avançar em sua busca, apesar de sua cegueira.

Toda vez que você lhe der um pedaço de fruta, ela parecerá encantada e é assim que você começará a sustentar seu vício. Mas o que isso importa? A jovem pode finalmente ver um caminho surgindo através de seus olhos. Durante a terceira fruta dada, ela perguntará quais são essas famosas frutas Shabriri. Dizendo a verdade, que são olhos humanos, ela vomitará de nojo.

No entanto, quando você a encontrar na Igreja Bellum, ela decidirá se tornar uma especialista em culinária neste campo, porque no final das contas não importa se é um olho humano, é o sabor que conta. O importante para esta jovem é poder se movimentar apesar de seus problemas de visão e poder desfrutar de um sabor delicioso.

Quanto mais frutos de Shabriri você der a ela, mais perto ela ficará do covil dos Três Dedos, onde a morte certa a espera. Então, sem realmente saber a princípio, você guia Hyetta até sua morte. Além disso, se você concordar em seguir o caminho do Lorde da Chama Frenética, você pode incendiá-la com suas próprias chamas.

Claramente, se você não tivesse nutrido o vício de Hyetta pelos Frutos de Shabriri, ela sem dúvida ainda estaria viva e não teria despertado uma adoração tão estranha pelo Três Dedos que ela se deixou consumir pela chama exaltada.

A Família Dizimada — Irina e seu pai Edgar

Quem não se cruzou com a pobre Irina que quer levar uma carta ao pai que atualmente defende o Castelo Morne? Vendo esta pobre jovem impotente, resolvemos ajudá-la, na esperança de ver essa família reunida novamente para viver uma vida melhor.

Assim seguimos para o Castelo Morne na torre nordeste do castelo para encontrar Edgar, pai de Irina. Ele é um bravo cavaleiro que não deixará o campo de batalha até cumprir sua última missão: derrotar o Bastardo Leonino. É, portanto, com grande entusiasmo que vamos caçar a fera à beira da praia.

Concluída a tarefa, voltamos para ver o pai da jovem e finalmente é hora de irmos observar o tocante reencontro dessa pequena família. Mas agora Irina jaz sem vida no chão com seu pai lamentando sua morte e jurando vingança por esse ato bárbaro.

Mas a tragédia não termina aí, porque mesmo que o final da missão seja desanimador, podemos encontrar o pai mais tarde em Lirunia, na Cabana do Vingador. Ele está cumprindo sua promessa: a busca por vingança - e traça seu caminho até nós, o amigo que o ajudou. Portanto, além de ver Irina morta, somos obrigados a matar seu pai com nossas próprias mãos.

Se Irina não tivesse cruzado nosso caminho, talvez ela estivesse viva? Este assassinato é um ato de vingança por parte dos lacaios do Bastardo Leonino? Ou ela estava destinada a morrer de alguma forma? Infelizmente, nunca saberemos a verdade.

Um renascimento desesperado - Boc, o costureiro

Dentro de uma grande planície você pode encontrar Boc disfarçado de um arbusto. Ao conversar com ele, você descobre que ele foi banido da caverna dos semi-humanos e está traumatizado pelos eventos que aconteceram lá.

Indo para este lugar, vemos Boc caído no chão e ferido. Ao matar o chefe da caverna, você pode obter um kit de costura e uma agulha de costura. Ao retornar para ver Boc, ele lhe agradecerá e oferecerá seus serviços para alterar nossas roupas.

Ao longo de sua aventura, você pode encontrar Boc em alguns locais de graça e ele sempre oferecerá seus serviços. Vínculos serão criados e ele poderá até chamá-lo de “meu senhor” e você poderá encorajá-lo. Uma relação das mais simples, mas que traz motivos para sorrir, sobretudo nas Terras Intermédias.

No entanto, seu desejo é renascer, pois ele odeia sua aparência hedionda, então para ajudá-lo você tem duas opções: dar-lhe uma Lágrima de Larval para que ele possa ir ver Rennala ou dar-lhe uma Cabeça Falante "Você é uma lindeza". Muitos pensarão que é importante dar a ele uma chance e dar-lhe uma lágrima, mas uma vez que ele renascer em forma humana ele ficará completamente sem palavras e morrerá após recarregar a área.

De certa forma, contribuímos para a morte de Boc, porque, dando-lhe a cabeça, ele terá encontrado conforto em pensar que é a voz de sua mãe. Como se isso não bastasse, bastaria simplesmente dizer a ele que ele era bonito quando nos fez a pergunta para que ele pudesse continuar vivendo sua vida em paz. A palavra de uma família e de um amigo às vezes é muito mais importante do que uma arriscada intervenção divina.

Empurrada para o canibalismo — Tanith

Outra história que pode ser desanimadora quando a missão terminar é a de Tanith. Ao chegar à Mansão Vulcânica, você concordará em se juntar à causa de Rykard, seja você sincero ou não; mas todos nós sabemos que a atração do lucro é mais forte do que qualquer coisa. Portanto, você seguirá a missão aceitando cada uma das missivas da senhora. Exceto que nossa sede de desafio vai dominar e assim que a série de missões terminar, vamos querer ficar frente a frente com Rykard para enfrentá-lo.

Depois de derrotar o chefe da mansão e obter sua runa principal, as coisas tomam um rumo inesperado. De acordo com a filosofia seguida por cada membro do coletivo, se seu mestre morre, é porque ele é fraco. Como resultado, um por um, os ocupantes do Volcano Manor irão embora, mas apenas uma pessoa permanecerá: Tanith. Ela lhe agradecerá por tê-la esclarecido, porque seu mestre, que ela considerava todo-poderoso, revela-se fraco. Ela, portanto, indica que deixará a mansão em breve, porque espera ver seu mestre ressuscitar apesar de tudo. Bem, todos choram como bem entendem, mas a sequência é bastante macabra e nos faz questionar se matar Rykard foi realmente a coisa certa a fazer.

De fato, ao recarregar a sala do chefe, você poderá ver Tanith comendo o cadáver de seu antigo mestre. Ela carrega um discurso perturbador de tristeza dizendo desejar ser sua cobra, sua família enquanto a come. Claramente, ela quer que seu mestre viva dentro dela ou use seu corpo para renascer de alguma forma. De acordo com minha interpretação, esse ato mostra que ela está cheia de angústia e não consegue conceber a morte de seu amante. Ao comer suas entranhas, ela deseja tê-lo perto dele de alguma forma.

Nada e ninguém pode detê-la, nem mesmo Pat, que tenta trazer seu afeto, dando castanholas para lembrá-la de seu doce passado como dançarina. Ela simplesmente continuará a comer seu amado, ignorando os últimos desejos de Pat.

A linha de fundo desta história é que Tanith não era realmente uma seguidora da filosofia "Que vença o melhor homem", mas tinha um amor incondicional por seu mestre. Ela não nos culpa por matá-lo, porque para ela Rykard ficou fraco. Ela então se entrega a atos de canibalismo na esperança de ver seu amado novamente. Eventualmente, teremos feito Tanith profundamente triste e canibal para nosso próprio prazer pessoal em matar todos os deuses e semideuses do Submundo.

É óbvio que existem outros personagens que morrem por nossas ações, como os companheiros de Ranni que estavam destinados a morrer ajudando-o ou mesmo Alexander, por quem fomos capazes de criar uma forte afeição. Podemos pelo menos nos regozijar por ter trazido felicidade a pelo menos uma pessoa; o espírito da água-viva que guiamos para sua irmã no Observatório Celestial. Foi um momento breve, mas muito intenso.