Levando em consideração a pandemia, guerra e uma outra série de questões, o mercado de games tem se mantido muito bem, mas houve uma queda em comparação com o ano passado, nos EUA, com gastos envolvendo jogos. Por outro lado, os serviços de assinatura de games vem ganhando notoriedade.
Não é difícil fazer uma conexão com o nosso país ou mesmo restante do mundo, pois o lançamento da nova PS Plus foi bem marcante e é possível que empresas rivais se reorganizem com relação à maneira como oferecem seus produtos e serviços.
Queda nos gastos com games nos EUA em 2022
De acordo com a Q2 2022 Games Market Dynamics, do NPD Group, o consumo total com game durante o primeiro semestre de 2022 nos EUA foi pouco mais de R$ 65 bilhões, um declínio de 13% se comparado ao mesmo período do ano passado. Os conteúdos de jogos mobile foram os que mais contribuíram para essa queda, com 12% a menos de gastos. Hardwares tiveram uma queda de 1% e acessórios de 11%. A única categoria que melhorou foi a de serviços de assinatura de games, não incluindo os mobiles. Aqui poderíamos citar o Xbox Game Pass e PS Plus.
Os jogos que venderam bem entre abril e junho foram Among Us, Angry Birds 2, Bingo Blitz, Call of Duty: Warzone, Candy Crush Saga, Candy Crush Soda Saga, Clash of Clans, Coin Master, Diablo Immortal, Elden Ring, Evony: The King’s Return, Fortnite, Grand Theft Auto V, Homescapes, Kirby and the Forgotten Land, LEGO Star Wars: The Skywalker Saga, Madden NFL 22, Mario Kart 8, Minecraft, MLB The Show 22, Pokémon GO, Roblox, Royal Match, The Sims 4 e State of Survival.
Razões para essa queda
Primeiramente é preciso deixar claro que o processo é bastante parecido no Brasil, com muitos jogadores empolgados com a nova PS Plus, mesmo com as críticas, e fãs de carteirinha do Game Pass, que garante jogos para PC e os consoles da Microsoft, além do Day One.
Considerando o valor dos games que fica sempre mais alto, em comparação com a qualidade do que é entregue, é natural que os jogadores fiquem com um pé atrás para adquirir novos títulos. Isso se dá pelo fato de muitas empresas gigantescas simplesmente lançarem jogos cheios de bugs com uma qualidade inferior a lançamentos anteriores. Sem contar o "abuso" com a monetização de alguns jogos. Não é a toa que os games de mobile tiveram a maior queda.
Se isso é algo presente nos EUA, como não seria no Brasil, com um Real pouco valorizado, preços de games exorbitantes, pois empresas não fazem questão de adaptar. Diante de tudo isso surgem os serviços de streaming propondo algo bem melhor do que o que vem sendo feito.
Com os jogos mais caros e de qualidade melhor, de repente surgem serviços que oferecem um catálogo gigantesco de jogos por um valor mensal. Quem não gostaria? Sem contar o Day One do Xbox que garante jogos AAA gratuitos em seu primeiro dia. É provável que a qualidade dos serviços de assinatura em conjunto com catálogos recheados seja uma das principais razões para pessoas pararem de comprar jogos. Para quê comprar AC Valhalla, se ele está disponível no catálogo? O mesmo vale para RDR2, GOW e tantos outros títulos.